Quando o Crioulo Dança é um curta lançado em 1989 e dirigido por Dilma Lóes. O Filme é um documentário que mescla imagens ficcionais, entrevistas, manifestações e protestos do movimento negro no Brasil, com o intuito de mostrar as diversas formas que o racismo se manifesta em nossa sociedade, por meio de atitudes, de comportamentos, de opiniões ou pelos índices de desigualdade social.
A explicação para a prática do racismo, em nosso meio, está no longo processo histórico brasileiro, que provocou vários prejuízos sociais ao povo negro durante os mais de três seculos de escravidão no país. Encontramos, também, nesse documentário um destaque para a voz do negro denunciando os diversos momentos em que o ''crioulo dança'' no sentido figurado em nossa sociedade, que no contexto do filme, refere-se aos homens negros quando discriminados.
Mesmo depois de algumas conquistas humanitárias, políticas e de direitos civis para o povo negro no Brasil, muitos paradigmas preconceituosos ainda estão presentes no imaginário brasileiro e impregnado nas nossas relações sociais. Essa situação é percebida através das atitudes e comportamentos que conotam o preconceito racial.
Dentre os aspectos do racismo no Brasil destacado no filme, temos a certeza de que a prática de racismo é concreta, através dos depoimentos dos entrevistados. No entanto, a negação da prática de racismo é categórico, ou seja, todos reconhecem a existência da discriminação racial, mas ninguém admite praticá-la.
Todas ações discriminatórias têm para toda sociedade implicações muito perversas, basta observamos os indicadores sociais da população negra no país. Dentro de uma proposta de debate sobre essas visões do negro Dilma Loés traz em seu trabalho Quando o Crioulo Dança uma provocação acerca dos estereótipos que a nossa sociedade construiu do seu povo.
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