Podemos perceber na leitura de Mirantes, um sujeito poético posicionando num ponto elevado da experiência, onde vai revelando um largo horizonte através de uma linguagem imagens poéticas, que para ele é conhecimento, trabalho, mas também paixão, através de composições que (re)criam o ser e não apenas revela “o que é” ou “como deveria ser”. Constitui-se, assim, uma forma particular de perceber a realidade, na qual linguagem comum não consegue expressar.
A imagem poética, de acordo com Octávio Paz, funciona como um meio de cobrir essas lacunas que a linguagem é incapaz de suprir, pois ela funciona como um elemento revelador, e ao mesmo tempo, sintetizador da pluralidade da percepção humana, apresentando-nos mais do que descrições ou representações, propondo-nos saberes e sabores contidos na experiência de vivenciá-las. Em síntese, a imagem literária delineia o indizível e nos propõe a (re)conhecer o ser, assim como os versos do poeta Roberval Pereyr.
Por Joelson Santiago
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